sexta-feira, 28 de setembro de 2012

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


O que é Desenvolvimento Sustentável?

A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.
  

O que é preciso fazer para alcançar o desenvolvimento sustentável?

Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos.
Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente.
Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico, que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende.
Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico.
O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.

FONTE: WWF BRASIL
Disponível em:
http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

DAS COISAS SEM SERVENTIA UMA DELAS É A GEOGRAFIA


A Geografia é um desses negócios chatos que inventaram para ser a palmatória intelectual das crianças. Não dá prazer nenhum brincar de ser recipiente de nomes difíceis e ainda ter que repetir tudo certinho na hora das provas. A tortura geográfica, comum na maioria das escolas, é um exercício constante de ver o mundo de coisas, decorar o máximo e não aprender nada. São aquelas palavras cheias de nós consonotais que, vez por outra, o sujeito tem que repetir lá na frente, correndo o risco de se engasgar com uma montanha e ser motivo de deboche a semana inteira.
   A utilidade que a criança vê em aprender geografia é a mesma que tem o aquecedor do Lada, apropriado para derreter neve, no nordeste brasileiro. No fundo, é uma violência desmedida da sociedade inteira contra a meninada que queria mesmo era brincar e fazer coisas divertidas. Ao invés de sentar para ouvir assuntos estranhos à sua vida, talvez a criança preferisse conversar sobre sua casa com aqueles terríveis conflitos de espaço, ou sobre o bairro com suas plenas de lembranças, ou da cidade com seus atrativos e desafios.
   A infância para passear é uma reivindicação permanente, um outdoor estampado na testa de milhares de meninas e meninos. Botar os pés no chão e sai por aí conhecendo lugares: andando, olhando com admiração e medo a loucura das construções adultas, sentido o cheiro das árvores e da fumaça das fábricas, tateando vitrinas como muros impenetráveis, ouvindo o rugir dos sapatos apressados nas horas de pique das praças centrais. Todavia, como diz Rubem Alves, a infância é uma coisa inútil, assim como tudo mais nesta sociedade da produção e do consumo, onde a criança só vale enquanto promessa de boa fortuna.
   A Geografia que se aprende na escola, aparentemente inútil, tem uma utilidade ímpar porque produz uma enorme massa informe de alienados. As pessoas não sabem que o espaço em que vivem tem um sentido que não aparece, porque detrás dos objetos sem história há histórias que desconhecemos. É que estávamos pensando no Himalaia enquanto o serviço de transportes coletivos em João Pessoa foi pensado para enriquecer os empresários e servir mal a população sem rodas.
   Em uma “cidade boa para se viver”, talvez não seja de bom tom usar da Geografia para perceber favelas pipocando aos quatro cantos, ou para demonstrar que é possível de um mesmo ponto na verde  “ Paris brasileira” – o Bar da Pólvora – admirar o pôr-do-sol e ver o lixão do Roger, ou para entender a origem dos “pegas” desiguais na Epitácio Pessoa entre os carros importados e as carroças puxadas a burro. O mesmo espaço comporta jegues e jatos.
   As pessoas podem até não acreditar, mas a ciência Geográfica tem uma utilidade que poucos conseguem ver, pois um dos papeis que cumpre é justamente o de cegar a sociedade, desde a infância, de uma leitura da produção social deste espaço cheio de contradições. Por outro lado, como em tudo mais, o fazer científico só serve quando feito por prazer, coisa esquecida nestes tempos cabeludos em que viver para a felicidade é quase um crime, parafraseando Brecht. A Geografia, assim como a criança, é um perigo para os homens sérios que fazem do lucro seu sentido existencial, porque no meio da brincadeira ela pode deixar muitos reis completamente nus.

Texto do professor Manoel Fernandes de S. Neto, USP.

Referência
SOUSA NETO, Manoel Fernandes de. Aula de geografia e algumas crônicas. 2ª Ed. Campina Grande: Bagagem, 2008.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

RESUMO APRESENTADO NO I ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA


O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO DO CONJUNTO HABITACIONAL JOVITÃO EM ESPERANTINÓPOLIS-MA


SANTOS, Ligiéria Alves dos
Licenciatura em Geografia (FAESF)
Especialização em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Regional (FAESF)
Mestranda em Educação (USAL)
Docente da Faculdade de Educação São Francisco (FAESF)
ligieriaalves@hotmail.com
(99) 8829-5640

RESUMO

A urbanização nos últimos anos tem sido algo inevitável no processo de formação das cidades, porém esse fenômeno tem acarretado uma série de problemas sociais e ambientais no meio em que se vive atualmente, por isso, surgiu a necessidade de se estudar e analisar os fatos que causam o processo de urbanização, bem como, identificar os principais impactos sociais e ambientais que são gerados por conta de tal fenômeno no Conjunto Habitacional Jovitão, fazendo-se uma análise dos mesmos a partir de dados coletados com os moradores do campo de pesquisa. Objetiva ainda, constatar e analisar como se deu o processo urbanístico do referido bairro, mostrando problemas e situações encontradas pelos moradores do local de pesquisa. Para tanto, esse estudo foi realizado especificamente com os moradores do Conjunto Habitacional Jovitão, pelo fato de ser o local da pesquisa e porque atende uma clientela bem diversificada vinda tanto da zona rural do município quanto também pessoas do centro urbano da cidade, que até então não tinham residências próprias para suas famílias. O artigo realiza uma trajetória histórica sobre o processo de urbanização no Brasil, fazendo ainda um perfil histórico acerca do processo de formação da cidade de Esperantinópolis – MA. O percurso metodológico seguido para a coleta de dados consta de pesquisas diretamente com os moradores, a partir da aplicação de questionários previamente elaborados, bem como ainda visitas in loco, a fim de verificar a atual situação ambiental do bairro em pesquisa. Ao final, expõem-se os resultados alcançados, seguidos de breves comentários da pesquisadora, sendo perceptível que o processo de urbanização tem afetado constantemente a vida dos moradores do local estudado, pois a maioria das pessoas que ali residem, tinham expectativas de melhores condições de vida, que favorecessem o desenvolvimento social e profissional de cada indivíduo, porem, percebe-se que essas perspectivas não foram supridas, haja visto que os moradores se encontram em um ambiente sem condições adequadas para a melhoria da qualidade de vida de suas famílias.

Palavras-chave: Urbanização. Impacto Ambiental. Impacto Social.


TRABALHO APRESENTADO EM FORMA DE PÔSTER NO I ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO FRANCISCO FAESF, DE 23 A 25 DE AGOSTO DE 2012, EM PEDREIRAS - MAS