Nossa sociedade ainda não é inclusiva. Há grupos de pessoas
discriminadas até mesmo nas denominações que recebem: inválido,
excepcional, deficiente, mongol, down, manco, ceguinho, aleijado,
demente...
Tais palavras revelam preconceito. Através delas estamos dizendo
que certas pessoas precisam mudar para que possam conviver na sociedade.
O problema é do surdo, que não entende o que é dito na TV, e não da
emissora, que não coloca a legenda; é do cego, por não saber das novas
leis, e não do Poder Público, que não as divulga oralmente ou em braile;
é do encadeirado, que não pode subir escadas, e não de quem aprovou uma
construção sem rampas. Assim, dizemos que é responsabilidade da pessoa
com deficiência a sua integração à sociedade.
O termo inclusão indica que a sociedade, e não a pessoa, é que deve
mudar. Para isso, até as palavras e expressões para designar as
diferenças devem ressaltar os aspectos positivos e, assim, promover
mudança de atitudes em relação a essas diferenças.
A limitação da pessoa não diminui seus direitos: é cidadã e faz
parte da sociedade como qualquer outra. Chegou o momento de a sociedade
se preparar para lidar com a diversidade humana.
FONTE: Cartilha da Inclusão dos Direitos da Pessoa com Deficiência - PUC Minas Gerais.
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